Salto, 04 de novembro de 2015
Na terça-feira, dia 03, o vereador Edemilson Pereira dos Santos encaminhou ofício ao prefeito de Salto, Juvenil Cirelli, aos representantes da Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos – SIGEP, ao presidente do Conselho Municipal de Turismo – Comtur, Oswaldo José Menezes, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Eliana Aparecida Leopoldino Rodrigues Moreira e ao secretário do Meio Ambiente, João de Conti Neto solicitando proteção de uma propriedade no entorno do Pavimento Estriado Guaraú, de grande interesse científico e cultural descoberto na década passada em uma propriedade ao lado das antigas Cerâmicas Guaraú e Taperá, que se torna um monumento geológico.
Segundo informou o vereador, ao entorno deste pavimento estriado será feito um loteamento que está em terraplenagem. “Porém, o que me preocupou e solicito a atenção de todos é que o proprietário do sítio onde se localiza o ‘pavimento ou rocha’ está sendo destruído. E, este importante exemplar de granito, que deveria estar sendo preservado, afinal é uma das feições de erosão glacial de micro e macro escalas de grande importância, assim como a Rocha Moutonnée de importância geológica, histórica e cultural de nossa cidade, está sendo encoberto por entulhos”.
Após denúncia de possível crime ambiental do esvaziamento de uma represa, o vereador esteve na propriedade e verificou que o local se trata de uma cava de extração de argila, onde por muitos anos se formou um lago e conforme afirmação das autoridades e também do secretário de Meio Ambiente de Salto não se trata de nascente, podendo ser esvaziado e aterrado.
“Fui chamado novamente até o local e imediatamente liguei para o secretário João De Conti, solicitando a sua intervenção para suspensão do despejo de entulho pela empresa Sobase, até que tivéssemos tempo hábil para iniciar esta discussão de preservação do local. A preocupação é que o local seja aterrado, além do crime ambiental que aconteceu neste local, tendo em vista que várias árvores nativas foram derrubadas e empurradas para dentro do lago”, informou Edemilson.
Conforme disse o vereador, sua proposta é que se crie um grupo de trabalho, em parceria com a Câmara, para que medidas sejam tomadas para a preservação da memória geológica desta marca neopaleozoica e também que seja realizada a consulta para ver qual o tipo de critério da tributação da propriedade, além de consulta se existe processo judicial na Fazenda Nacional contra o sítio, onde se localiza este patrimônio nacional ou outros processos judiciais.